ORPHEUS
(2023)
NOMEAÇÕES
Eleito um dos melhores espectáculos do ano de 2017 pelo jornal Expresso e revista Time Out
Nomeado como Melhor Espectáculo de 2017 pela SPA – Sociedade Portuguesa de Autores
ONDE E QUANDO
Lisboa (PT)
Museu da Marioneta
13 a 21 de Maio de 2023
Montijo (PT)
Casa da Música Jorge Peixinho
1 e 3 de Junho de 2023
Este é o terceiro espectáculo de uma tetralogia para a infância que o Teatro da Cidade tem vindo a desenvolver desde 2018, dirigido por Nídia Roque, e que tem como ponto de partida a obra Metamorfoses do escritor romano Ovídio.
ORPHEUS conta-nos a estória de um jovem que, ao ouvir um som misterioso, decide ir à procura da sua origem. Nesse gesto, que se torna uma viagem, o seu corpo transforma-se em Orfeu, o mito.
Confrontado com duas identidades – a sua e a da personagem que agora o habita – surpreende-se com o poder de encantar todas as coisas animadas e inanimadas, acalmar os mares, os animais ferozes, encantar rochas e árvores, graças à sua música. Descobre também que é dentro de si que nasce essa melodia.
Na procura da sua identidade, embarca na expedição de Orfeu: entrar no Reino das Sombras em busca de Eurídice, para a trazer de volta ao reino dos vivos. Neste percurso, vai confrontar-se com uma das missões mais difíceis para o ser humano: confiar no desconhecido.
Uma coprodução Teatro da Cidade e Museu da Marioneta, no âmbito do Plano Nacional das Artes, para a Bienal Cultura e Educação 2023.
FICHA TÉCNICA/ARTÍSTICA
Texto e Encenação: Nídia Roque
Interpretação: Bernardo Souto (Ator) e Bruna de Moura (Música)
Cenografia, stop motion e adereços: Filipa Camacho
Desenho de luz: Rui Seabra
Adereços: Alunos da turma do 4º B da Escola E.B. 1 nº72, com o apoio do Serviço Educativo do Museu da Marioneta e equipa do Teatro da Cidade.
Figurinos: Nídia Roque
Produção: Teatro da Cidade
Coprodução: Museu da Marioneta
Fotografia de Cena: José Frade
Agradecimentos: Elsa Almeida, João Reixa, João Simões, Jorge Bandeira, Guilherme Gomes, André Rosa, Rita Baleia, Rafael Alexandre, Mariana Martins.
FOLHA DE SALA
Topografia é o segundo espectáculo do Teatro da Cidade. Depois de Os Justos, de Albert Camus, decidimo-nos a um novo desafio: a criação colectiva original de um espectáculo que se debruça sobre o conceito de comunidade.
O teatro obriga-nos a experienciar este conceito, e quanto mais colectivo é o processo, mais nos confrontamos com a experiência de saber estar em comunidade. Quando decidimos ser “criadores colectivos” – palavras que, juntas, já por si se tornam paradoxais – abdicamos, em grande parte, da nossa individualidade para que de alguma forma a possamos testar ao mesmo tempo.
Saber que aos grupos de teatro se chama companhia é algo que diz bastante sobre a natureza do que se faz em palco. E, assim, a palavra companhia é cara ao conceito de Comunidade. O teatro é, ou pode ser, lugar para contrariar o que no mundo se vai vivendo:
se os dias correm mais depressa, no teatro a espessura do tempo, como nas ruínas, segura-nos; se nos tornamos individualistas na vida quotidiana, no teatro estamos inevitavelmente juntos.
Sobre Topografia pode dizer-se, sem querer entrar em autodefinições, que nasce da nossa cabeça, pode ser espelho destas pessoas, e assim há-de funcionar mais como espectáculo sobre a comunidade que é o Teatro da Cidade do que sobre outra comunidade qualquer. No entanto é sobre o mundo que queremos reflectir e para isso usamos referências e criamos situações que nada têm de nós.
Não há forma de reflectir inteiramente sobre um conceito tão vasto como Comunidade – algo que aprendemos com Os Justos e a Justiça – reflectimos sobre parte disso; e se nos propomos a pensar não encontraremos resposta: estamos, apenas, a iniciar um período de atenção em relação ao tema.