A Missão: memórias de uma revolução

(2023)

NOMEAÇÕES

Eleito um dos melhores espectáculos do ano de 2017 pelo jornal Expresso e revista Time Out

Nomeado como Melhor Espectáculo de 2017 pela SPA – Sociedade Portuguesa de Autores

ONDE E QUANDO

Viseu (PT)
Teatro Viriato
10 de Novembro de 2023

Lisboa (PT)
Teatro da Politécnica
16 de Maio a 1 de Junho de 2024

“A Missão” é um texto maior do que qualquer um de nós. Tem a força de uma interrogação que lançamos para o mundo. Desestabiliza-nos como um enigma. É um texto feito da matéria de que são feitas as grandes obras – e, por isso, dialoga intimamente com o nosso presente. Neste texto está a Revolução Francesa, a Revolução do Haiti e a Revolta de escravos na Jamaica, mas também a invasão da Ucrânia pela Rússia e o conflito na Faixa de Gaza. Neste texto está a legitimidade de se assumir certas lutas, tomar certas decisões, e representar certas peças. “A Missão” é um texto maior do que qualquer um de nós, e é a isso que a encenação colectiva do Teatro da Cidade procura responder. Numa peça cheia de ambiguidades e que não se mostra como tendo uma forma certa de pôr em cena, este espectáculo é sobre o confronto com a nossa própria incapacidade de enfrentar as missões que mudariam o mundo, e ao longo da vida, por cansaço, condição ou condicionamento, quase nunca por convicção, deixamos escapar. Müller dá-nos por palavras, cheio de perigo, o terreno da inércia, da superficialidade, da mera sobrevivência. Num texto que já não é didático, mas um encontrão.

FICHA TÉCNICA/ARTÍSTICA

Texto: Heiner Müller
Tradução: Anabela Mendes
Encenação coletiva: Teatro da Cidade
Interpretação: Bernardo Souto, Danilo da Matta, Guilherme Gomes, João Reixa e
Nídia Roque
Cenografia: Ângela Rocha
Desenho de luz: Rui Seabra
Desenho de som e música original: Sofia Queiroz
Apoio à produção: Maria João Garcia
Figurinos: Teatro da Cidade
Colaboração Figurinos: Aldina Jesus Atelier
Construção de cenário: Josué Maia

Músicos: Miguel Ferreira – Violino, Sara Ramalho – Violeta, Ana Carolina Rodrigues – Violoncelo, Sofia Queiroz – Contrabaixo
Fotografias de cena: Luís Belo
Fotografias de cartaz: Bruno Simão
Coprodução de residência: O Espaço do Tempo
Coprodução: Teatro Viriato
Financiamento: Eixo Cultura Viseu 2022/2025,
Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Agradecimentos: Aos participantes do clube de leitura no Teatro Viriato em Viseu, ao longo do ano de 2022, aos participantes na audição para o espectáculo, em Lisboa, Prema, Anabela Mendes, António Oliveira, Inês Freitas, Elsa Almeida.

FOLHA DE SALA

Topografia é o segundo espectáculo do Teatro da Cidade. Depois de Os Justos, de Albert Camus, decidimo-nos a um novo desafio: a criação colectiva original de um espectáculo que se debruça sobre o conceito de comunidade.
O teatro obriga-nos a experienciar este conceito, e quanto mais colectivo é o processo, mais nos confrontamos com a experiência de saber estar em comunidade. Quando decidimos ser “criadores colectivos” – palavras que, juntas, já por si se tornam paradoxais – abdicamos, em grande parte, da nossa individualidade para que de alguma forma a possamos testar ao mesmo tempo.
Saber que aos grupos de teatro se chama companhia é algo que diz bastante sobre a natureza do que se faz em palco. E, assim, a palavra companhia é cara ao conceito de Comunidade. O teatro é, ou pode ser, lugar para contrariar o que no mundo se vai vivendo:

se os dias correm mais depressa, no teatro a espessura do tempo, como nas ruínas, segura-nos; se nos tornamos individualistas na vida quotidiana, no teatro estamos inevitavelmente juntos.
Sobre Topografia pode dizer-se, sem querer entrar em autodefinições, que nasce da nossa cabeça, pode ser espelho destas pessoas, e assim há-de funcionar mais como espectáculo sobre a comunidade que é o Teatro da Cidade do que sobre outra comunidade qualquer. No entanto é sobre o mundo que queremos reflectir e para isso usamos referências e criamos situações que nada têm de nós.
Não há forma de reflectir inteiramente sobre um conceito tão vasto como Comunidade – algo que aprendemos com Os Justos e a Justiça – reflectimos sobre parte disso; e se nos propomos a pensar não encontraremos resposta: estamos, apenas, a iniciar um período de atenção em relação ao tema.

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